sábado, 27 de janeiro de 2007


Chiens de Faucon Chiens d'Oysel Chiens d'Arrêt - por G. de Marolles

"... L'histoire du chien d'arrêt est mêlée à celle du chien courant et à celle du chien d'oiseau que est liée elle-même accessoirement et irrégulièrement à celle de la fauconnerie, branche de l'oisellerie.

'Le chien d'arrêt est nê à la suite de la Fauconnerie'. Toussenel le dit; encore faut il expliquer la part de vrai de cette idée si joliment rappelée par le terme anglais 'Flush' que le Baron Jaubert signale être issu de To Flush, mettre à l'essor (Le Pointer, p.131).

(...) D'où la nécessité de recommencer les recherches qu'ils n'ont pas achevées pour compléter l'Histoire de tous les termes cynégétiques modernes. Phoebus, Gace de la Bigne, Du Fouilloux, et Claude Gauchet leur sont connus ainsi que les Romans du moyen age ..."

in, 'Chiens de Faucon Chiens d'Oysel Chiens d'Arrêt, de G. de Marolles, Les Éditions de L’Éleveur; Paris, 1922'

[a continuar]

A Caça no Brasil

Curioso "Manual do Caçador ... em toda a America Tropical acompanhado de um glossario dos termos usuaes da caça, ..., Rio de Janeiro, 1860".

"Dos Cães de Caça:

... todas as espécies de cães se pode, por meio da educação e ensino, tirar partido para aquella caça a que mais os tiver ageitado a natureza; pois fora absurdo querer destinar a perseguir veados um cão pesado e de pernas curtas, ou a seguir as pacas, na terra e na agua, e a metter-se pelas suas tocas, um grande rafeiro ou mastim. Fundadas nesta verdade os caçadores distinguem principalmente os cães, segundo aquella para que, em virtude dos seus dotes e propensões naturaes, os destinam com mais vantagens do que outros: assim chamam cães de mostra ou perdigueiros os que especialmente se votam à caça das perdizes. Estes são de rastro (setters) quando seguem a perdiz com o focinho no chão, e ventores (pointers) quando farejam de alto, que são os mais estimados ..."

[ler integralmente a obra, aqui]

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007


Falconry: James Edmund Harting

"A Catalogue of Books Ancient & Modern Relating to Falconry. With Notes, Glossary, and Vocabulary"

Trata-se da edição facsimilada da obra publicada por Bernard Quaritch, em 1891.

Refere um conjunto curioso de livros, em diferentes línguas, entre os quais aparece citado a rara e estimada obra em português, "Arte da Caça de Altaneria composta por Diego Fernandez Ferreira, moço da Camara del Rey, & do seu serviço, dirigida a Dom Francisco de Mello, Marquez de Ferreyra, Conde de Tentugal ..., Lisboa, 1616".

[ler o Catálogo, aqui]

Hawking Or Faulconry

"Hawking or Faulconry was originally published in 1686 as part of the author's classic work - 'The Gentleman's Recreation', and is now considered an important milestone in the early history of Falconry. First editions of this work are now extremely rare and consequently expensive.

(...) This is a fascinating read for any Falconry enthusiast or historian, but also contains much information that is still useful and practical today. Many of the earliest sporting books, particularly those dating back to the 1800s, are now extremely scarce and very expensive"

[leia aqui e compre, aqui mesmo]

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007


Gaston Phoebus [1331-1391] - Livre de Chasse

"Je Gaston par la gràce de Dieu surnommé Febus, comte de Foix, Seigneur de Bearne qui tout mon temps me suis délecté en trois choses, c’est à savoir en armes, en amours et en chasses ..." [Gaston Phoebus]

Gaston Phoebus (Gaston III ou Phebus), Conde de Foix e Visconde de Béarn, mandou redigir um grande "tratado sobre a caça", o Livre de la Chasse [s.d (1387), reimpresso em Paris em 1515 (por Jean Trepperel), depois em 1520], obra da maior referência na literatura cinegética. Apontado como um dos maiores tratados clássicos é, várias vezes, mencionado na literatura portuguesa sobre a caça e o cão de parar, como na obra do Padre Barroso (O Perdigueiro Português), que cita artigos da Gazeta das Aldeias onde a obra é relatada.

Locais: BNF / Gaston III de Foix-Béarn / Pierre Tucoo-Chala / Le Livre de la Chasse / Gaston Phébus, le Lyon des Pyrénées / Le livre de la chasse (Lire)

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007


Arte de Cetreria de Federico II (Siglo XIII)

"El conservado en la Biblioteca Apostólica Vaticana, ms. Pal. lat. 1071, datado en la segunda mitad del siglo XIII, escrito a dos columnas a lo largo de 111 folios de pergamino de gran tamaño (360 x 250 mm.) es el más famoso y conocido de todos los testimonios de la obra federiciana a causa de sus hermosísimas ilustraciones. En su márgenes se encuentran 170 figuras humanas, más de 900 aves, no sólo de halcones y azores, aves empleadas en la caza, sino de toda suerte de aves (faisanes, gansos, garzas, grullas, abubillas, pelícanos, patos, córvidos, avefrías, zarapitos, avutardas, sisones, etc.), doce caballos, otros 36 animales variados (ciervos, perros, lagartos, ranas, roedores, liebres, un carnero), peces en el mar y en lagunas y ríos, árboles, roquedos, edificaciones, un barco de vela, una barca, además de numerosas alcándaras, bancos, caperuzas, pihuelas, lonjas, luvas, anillos, tornillos, malleolus y otros utensilios necesarios para la práctica de la cetrería.

(...) El volumen de comentarios que acompañará al facsímil del manuscrito de la Vaticana, realizado por José Manuel Fradejas Rueda, máximo especialista español en los libros de cetrería medievales y renacentistas, incluye una detallada biografía de Federico II de Hohenstaufen, una historia minuciosa de la literatura cetrera en lengua latina que precedió a la magna obra de Federico II, así como un análisis detallado de la obra, de su contenido, de su azarosa transmisión, comentario de las miniaturas. Incluye, asimismo, la primera traducción al español realizada directamente desde el latín del De arte venandi cum avibus, basada en la mejor edición del texto, la publicada por Carl Arnold Willemsen en 1942 y que hoy es uno de los libros de cetrería más buscados, puesto que la edición fue prácticamente destruída durante la Segunda Guerra Mundial. La traducción lo es del texto completo de la versión de seis libros junto con las adiciones del rey Manfredo, y ha sido realizada por el Dr. Zacarías Prieto Hernández († 2004) y la ha revisado y anotado minuciosamente José Manuel Fradejas Rueda"

[ler Aqui. Sublinhados nossos]

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007


[FAUCONNERIE]- Jehan de Franchières

"Cest le liure de lart de faulconnerie lequel frere Jehan de Francieres cheualier de lordre sainct Jehan de Hierusalem, commandeur de Choisy en france a extraict et assemble, cestassauoir Les liures des troys maistres faulconniers cy apres nommez : lesquelz en leur temps furent moult expers & scauans audit art de faulconnerie & selon la nature des faulcons. Ensemble le deduyt des chiens de chasse comme cy apres ce monstrera & sera traicte en ce present liure. Cy finist le liure de lart de faulconnerie [...] nouuellement imprime a Paris pour Pierre sergent demourant en la rue Neusue nostre dame a lenseigne sainct Nicolas. Sensuyt le liure des chiens de chasse. Cy finist le liure des chiens de chasse [Paris,] s.d. [ca 1532]" [ver Aqui]

terça-feira, 16 de janeiro de 2007


Livros Portugueses sobre o Cão de Parar

"Ferreira, Dioguo [Diogo] Fernandez [Fernandes] - Arte de Caça da Altane[a]ria, dirigida a D. Francisco de Mello, ..., na Off. de Jorge Rodrigues, Lisboa, 1616 [reeds: Edição Mello d'Azevedo, 1899 em II vols; Edição Diana, 1959]

[Esta rara e estimada obra clássica "Arte da caça da altaneria composta por Dioguo Fernandez Ferreira ... Repartida em seis partes. Na primeira trata da criação dos Gauiães & sua caça. Na segunda dos Assores & sua caça. Na terceira dos Falcões & sua caça. Na quarta de suas doenças & mezinhas. Na quinta das Armadilhas. Na sexta da passagem & peregrinação das aues", é de autoria do outrora pajem de D. António Prior do Crato [Inocêncio], falcoeiro e moço da Câmara Filipe II, Diogo Fernandes Ferreira (n. 1546)]

Anachoreta, Henrique - Álbum Synoptico das Principais Variedades de Cães de Mostra, Lisboa, 1901 / Livro da Montaria, feito por D. João I, Rei de Portugal, publicado por ordem da Academia das Sciências de Lisboa, por Francisco Maria Esteves Pereira, Impr. Universidade, 1918 [aliás entre 1415 e 1433], LXV, 465 p. [segundo o ms manuscrito nº 4352 da Biblioteca Nacional de Lisboa] [nova edição por M. Lopes de Almeida, Lello & Irmão, Porto, 1981 e uma outra pela Mar de Letras Editora, Ericeira, 2003] / Pero, Menino - Livro de Falcoaria, introd. notas e glossário Rodrigues Lapa, Coimbra, Impr. da Universidade, 1931, LXVII, 91 p. [reed. Coimbra, Impr. Universidade, 1999]

[Pero Menino, falcoeiro de D. Fernando, elaborou o "Livro de Falcoaria", uma obra notável de cetraria, por encomenda do seu Rei, e que serviu de fonte a diversas obras posteriormente feitas, tais como o "Tratado de Falcoaria de D. João II de Castela" ou o "Libro de la Caza de las Aves" de Pêro Lopez de Ayala, que o traduziu quase literalmente. (refª á curiosa separata da Academia Portuguesa de Ex-Libris, intitulada "O Bispo de Lamego D. João da Costa e a sua copilação de Livros de Cetraria no manuscrito Sloane 821 do Museu Britânico", escrita por António Pedro de Sousa Leite, 1967). O manuscrito original de Pero Menino perdeu-se de todo e só se conhece algumas cópias, entre as quais a mandada fazer pelo Bispo D. João da Costa (está no Museu Britânico), a cópia descoberta pelo professor Rodrigues Lapa (ms. 518 da Colecção Pombalina) e uma outra (ms 2294 do Fundo geral da BN) publicada por Gabriel Pereira. Curiosamente na obra de Pero Menino é referido um livro anterior de altanaria, autoria de João Martins Perdigão, dito falcoeiro de D. Dinis, e que o nosso falcoeiro diz conhecer]

Carmona, Leopoldo Machado - Estudos sobre o Perdigueiro Português. Tese apresentada ao I Congresso Nacional de Caça e Tiro, Bol. Ass. Perd. Port. Nº 36, Lisboa, 1937, 7-31 p. / Sanches, J. Dias - O caçador e o cão de caça [raça de cães de caça; ensino do cão; higiene, teoria do caçador; lei e regulamento da caça], Livr. Popular de Francisco Franco, Lisboa, 1938, 119 p. / Barroso, Domingos - O Perdigueiro Português, Gazeta das Aldeias, Porto, Typ. Mendonça, 1948, 150 p. [reed. 1962, 1990] / Bravo, João Maria - O Ensino do Cão de Parar, Lisboa, Tip. Imp. Sociedade Astória, 1951, 127 p. / Andrade, Ruy de - A minha experiência no ensino do pointer, Lisboa, 1959, 81 p. / Barroso, Domingos - Perdigueiros e Lebres, Revista Diana, 1948, [reed. 1962] / Branco, Manuel Castelo - Criação de Cães, Editorial Notícias, Lisboa, 1969 / Barroso, Domingos - Colectânea de textos sobre o Podengo Português, C.P.P. (Clube do Podengo Português), ed. policopiada / Correia, Manuel J. - O Perdigueiro Português, Ed. Presença (Tempos Livres nº 113), 1981, 159 p. / Costa, Moisés do Nascimento - Ensino do Cão Perdigueiro, Porto Editora, Porto, 1984 / Rodrigues, Jorge - Perdigueiro Português. O Cão de Parar, Inapa, Lisboa, 1993, [10], 209, [4] p. / Barroso, Domingos - Ainda o Perdigueiro Português, Tipave, Aveiro, 1994 [coord. Sérgio Paulo Silva], 66 p. / Barroso, Domingos - Conselhos velhos para caçadores novos, Edição S.P.S, s.d. / Piçarra, Jorge - Em honra do Cão de Parar. Técnicas de ensino e treino, Tema, Lisboa, 1998, 111 p. / Veiga, Vítor - Raça de Cães Podengo, Tip. Peres, Amadora, 2001, 276 p. / Piçarra, Jorge - Cão de Parar. Uma Paixão, Inapa, Lisboa, 2004"

[in Almocreve das Petas]

O Cão de Parar - anotações

«Um núcleo de estudo organizado sobre o assunto, utilíssimo aos amantes do cão de parar, abarca obras importantes e curiosas de velhos livros, memórias esparsas em artigos de revistas e jornais, pois a matéria é de muito merecimento e apreço. Não espanta, portanto, que verdadeiras preciosidades e raridades a vários respeitos, desde livros de cetraria, altanaria ou montaria, que podem contribuir para compor o essencial das notas históricas e bibliográficas sobre o assunto, apareçam em lugar importante, lado a lado com valiosos artigos em revistas [que mais tarde falaremos].

Assim, além das já referidas edições, interessa referir os trabalhos de:

Alfonso XI [Libro de la Montaría], Chamerlat, Elzéar Blaze [Le chasseur au chien courant ..., 1838], Félix Rodríguez de la Fuente [El Arte de Cetrería], Fernando Tamariz de la Escalera [Tratado de la Caza del Vuelo, 1654], Frederic II de Hohenstauffen [De arte venandi cum avibus], G. Marolles [Chiens de Faucon], Gabriel Pereira [As Caçadas, Évora, 1892], H. Schlegel & A. H. Wulverhorst [Traité de Fauconnerie, 1844-1853], Henrique da Gama Barros [História da Administração Pública em Portugal nos Séculos XII a XV, 1922], Jean de Francieres [Livre de lart de faulconnerie, 1532], José Gutierrez de la Veja [La Ilustración venatória], Juan Vallés [Libro de acetrería y montería], Luis Barahona de Soto [Diálogos de Montaría], Mestre Giraldo [Tratado das Enfermidades das Aves de Caça], Moamin [Libro de los Animales que Cazan], Pero Menino [Livro de Falcoaria], Pero López de Ayala [Libro de la Caza de las Aves], do Rei Dancus [Tratado da cetraria], William Arkwright [The Pointer and His Predecessors], Xenofonte [livros de arte de caça ou cinegética], etc

entre outros mais publicados anónimos, que a colecção é imensa e apreciada»

[in Almocreve das Petas]

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007


O Cão de Parar

"A primeira arte do homem, escreveu Buffon, foi educar o cão e, pelo cão, é que ele chegou à conquista e posse do mundo" [Padre Domingos Barroso]

"... um cão perdigueiro de dous narizes, o melhor da matilha" [Camilo]

«O debate sobre o cão de parar ainda não está, completamente, encerrado. Ao elogio do cão (de aves, de falcão, de busca, de mostra, de parar) o bom senso diz-nos que é provável que a paixão pelo cão de parar, e a estima pelo perdigueiro lusitano em particular, o seu "equilíbrio estético", alegria, humildade e obediência, ou mesmo o aperfeiçoamento morfológico que a raça impõe, essa estima provada que se têm por esse admirável "caminheiro" e "buscador" incansável nunca nos fará esquecer a controvérsia estimulante sobre a sua origem e o seu estudo.

Não é invulgar que a questão sobre a narrativa e origem do cão de parar (em particular o perdigueiro português) nos convide a traçar, olhos na terra & auxílio do céu, as antigas artes de cetraria, altanaria ou montaria. E se, a partir dos tratados que nos chegaram incólumes, posteriormente, se passe à converseta sobre as virtudes do "governo do príncipe" e à reflexão sobre o poder, do seu exercício & avisamentos, o que torna a prosa cada vez mais instruída e de pregação proveitosa, não sugere nada de estranho nem tão-pouco pode ser impensável. Afinal ... isto anda tudo ligado.

Do sabujo (de trela, de correr, de buscar) usado na montaria - esse cão ibérico, que os "franceses reconstruiriam" no "seu epagneul" e os ingleses formaram como "setter" ou "cocker-spaniel" [Correia, Gazeta Aldeias, 1921], apresentado no "Livro da Montaria de D. João I" e que Diogo Fernandes Ferreira também refere [Arte de Caça da Altaneria, 1616] - ao não menos antigo alão - entusiasmo maior do Mestre de Avis e que pode ser a "origem dos dogges da Alemanha" [Correia, 1921] - passando pelo podengo - admirável cão de mostra usado na caça de altanaria, como nos diz Diogo Fernandes Ferreira, muito referenciado nas Ordenações de D. Afonso III de 1621 e de agrado particular do Padre Domingos Barroso - até aos bracos peninsulares - usados em Portugal com o nome de perdigueiro, formidáveis descendentes do excelente "chien d'oysel" de que fala Gaston Phébus, aliás Conde de Foix [Le Livre de Chasse, ms. 616 da BNF, 1387-89] e que são ainda conhecidos por "Navarros", por braco espanhol em França, ou por "pachons", perdigueiro tão usados por caçadores lusos [refª Correia, 1921 e Henrique Anachoreta, 1903], ou mesmo por "pigarços" - existe toda uma literatura e bibliografia verdadeiramente notável, de interesse e respeito»

[in, Almocreve das Petas]

Alguns textos revisitados

"Os cães de caça brincam no pátio, mas a lebre não lhes escapará, embora ainda neste momento corra veloz pela floresta" [Kafka]

No Almocreve das Petas, escrevinhámos três textos curiosos, in limine litis. O afago e o testemunho (bem complacente, diga-se) então erguidos, têm aqui pertença. Por isso, para iniciar esta porfiada empresa e satisfazer ledores exigentes, será mister ordenar as matérias (então) aparecidas, para que o conjunto tenha seguimento próximo.

Assim, iremos reproduzir os três textos, anteriormente citados, tal como foram dados a ler. Imprimatur ... pois!

domingo, 14 de janeiro de 2007

O CÃO DE PARAR - EDITAL


"um cão perdigueiro de dous narizes, o melhor da matilha" [Camilo]

Sendo presente que existe um conjunto estimado de documentos escritos sobre o cão de parar, de altíssima memória, ou trabalhos autorizados sobre o elogio do cão - "de aves, de falcão, de busca, de mostra, de parar" - e outros, bem valiosos, que a poeira dos arquivos condena ao esquecimento; sabendo que há um grémio de ilustres e respeitados amantes das "antigas artes de cetraria, altanaria ou montaria" e do perdigueiro português, em particular; não se desconhecendo que o debate, entre diligentes espíritos lusitanos, levanta inspiradas perplexidades, generosas polémicas e amenas narrativas, quase sempre de quantiosa erudição; vêm estes apontamentos dar testemunho da vivacidade sobre o estudo e a grandeza do debate sobre o "cão de parar", louvando e prestando homenagem fraternal ao Mestre A. C., cuja familiaridade e sensibilidade a esta narrativa nos assombra e encanta. A ele, pois, este espaço de conversação e de elogio do cão.

Declaramos, pois, que O Cão de Parar está aberto a todos os seus amantes, recenseando informações e memórias (bio)bibliográficas, registando curiosidades, elogios, testemunhos, notícias e apontamentos, para que destas inscrições & impressões se desenvolva o gosto e o mérito sobre este antiquíssimo saber, que põe em convívio a natureza, o homem, os deuses e os animais. Que a demanda seja proveitosa.

E para que conste, aos leitores, se fez este edital. Vale!